quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Poemas para Maria Santíssima



Se tem um conselho bom é esse: consagre-se a Maria Santíssima e peça sua interseção por toda sua família todos os dias. Passei por situações complicadas nos últimos dois anos, meu conforto foi o rosário. Tenho muito carinho por Nossa Senhora, sem apelação e fanatismo. Nossa senhora das Graças para mim é o melhor título para ela, não interessa para ninguém mas tenho devoção também por São Miguel Arcanjo, São João Maria Vianney e São Bento. Tenho uma especial simpatia por Santo Atanásio e meu papa preferido é Leão XIII ( ainda vou ter todas as encíclicas dele, aah, vou!) Deixo para você leitor, esses poemas para Maria Santíssima, a fonte é o site Permanência.

A gente se vê, boa semana!

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Quem se iguala a sua grandeza?
Santo Atanásio


“Ó nobre Virgem,
Tu és verdadeiramente grande,
acima de toda a grandeza!
Pois, quem pode se igualar à tua grandeza,
ó morada de Deus, o Verbo?
A quem poderia eu compará-la,
ó Virgem, entre todas as criaturas?
Nós sabemos que és a maior
dentre todas as criaturas.
Poderia eu comparar-te
à terra e a seus frutos?
Tu os superas...
Se declaro que os Anjos de Deus
e os Arcanjos são grandes,
Tu és bem maior que todos eles.
Pois os Anjos e os Arcanjos servem com
tremor Aquele que mora em teu seio”.

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Alphonsus Guimaraens

Volvo o rosto para o teu afago,
Vendo o consolo dos teus olhares...
Sê propícia para mim que trago
Os olhos mortos de chorar pesares.


A minha Alma, pobre ave que se assusta,
Veio Encontrar o derradeiro asilo
No teu olhar de Imperatriz augusta,
Cheio de mar e de céu tranqüilo.


Olhos piedosos, palmas de exílios,
Vasos de goivos, macerados vasos!
Venho pousar à sombra dos teus cílios,
Que se fecham sobre dois ocasos.


Volvo o peito para as tuas Dores
E o coração para as Sete Espadas...
Dá-me, Senhora, para os teus louvores,
A paz das Almas bem-aventuradas.


Dá-me, Senhora, a unção que nunca morre
Nos pobres lábios de quem espera:
Sê propícia para mim, socorre
Quem te adorara, se adorar pudera!


Mas eu, a poeira que o vento espalha,
O homem de carne vil, cheio de assombros,
O esqueleto que busca uma mortalha,
Pedir o manto que te envolve os ombros!



Adorar-te, Senhora, se eu pudesse
Subir tão alto na hora da agonia!
Sê propícia para a minha prece.
Mãe dos aflitos...

Ave, Maria.

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Camillo Castello Branco
Senhora! O vosso altar já foi sacrário
De riquezas do céu, que o céu vos dava
Em prol de Portugal.
Em cada português tínheis um filho,
De todos éreis Mãe, refúgio a todos,
Nas angústias do mal.

Em vosso coração imaculado
As lágrimas da dor tinham asilo,
Ó! Rainha dos Céus!
As lágrimas com vosso patrocínio
Erguiam-se da terra, qual perfume,
Ao trono do meu Deus!

Em transes d’aflição, nos grandes riscos,
No afogo das pelejas duvidosas,
Vosso nome se ouvia:
As ramas orgulhosas, destemidas,
Afrouxavam nas mãos dos inimigos,
Ao nome de Maria!

Lá nas iras do mar, quando o sepulcro,
Ao convulso baixel a tempestade
Nos recifes abria;
Azulavam-se o céus, fugia a nuvem,
Voava a viração, vinha a bonança
Ao nome de Maria!

Quando em leito de pálida doença
Febril enfermo abandonado e triste,
Sem esp’ranças jazia;
De novo o coração lhe palpitava,
Erguia-se robusto, as mãos erguendo
Ao nome de Maria!

Donzela que a chorar passara noites,
De saudades, por quem tamanho afeto
Lhe não agradecia;
Lá vinha a ser feliz com quem amara,
Pois dera o seu futuro em segurança
Ao nome de Maria!

E a carinhosa mãe, que o filho amado
De seus amigos braços para a guerra
Chorando, despedia;
Joelhava-se depois, ante o oratório,
E a vida de seu filho confiava
Ao nome de Maria!

E seu filho, mais tarde, em vivas ânsias.
À porta do seu lar, com mão tremente,
Receoso, batia.
Nos braços maternais contava, ufano,
Triunfos, que tivera sobre a morte
Ao nome de Maria!

O nome de Maria hoje invocamos,
Nós, filhos desses homens d’outras eras,
Que morreram na fé!
Senhora! Protegei nossos trabalhos!
Sem proteção do Céu o esforço humano
Baldado esforço é!

No coração dos vossos portugueses
Despertai o temor, tão vivo um dia,
No porvir immortal.
De vosso resplendor a luz das crenças,
Descei sobre este solo, escuro e pobre;
— Salvareis Portugal!

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Gregório de Matos

À vós correndo vou, braços sagrados,

Nessa cruz sacrossanta descobertos

Que, para receber-me, estais abertos,

E, por não castigar-me, estais cravados.


A vós, divinos olhos, eclipsados

De tanto sangue e lágrimas abertos,

Pois, para perdoar-me, estais despertos,

E, por não condenar-me, estais fechados.


A vós, pregados pés, por não deixar-me,

A vós, sangue vertido, para ungir-me,

A vós, cabeça baixa, p'ra chamar-me


A vós, lado patente, quero unir-me,

vós, cravos preciosos, quero atar-me,

Para ficar unido, atado e firme.

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